Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

blueberries.

blueberries.

e quando fico sem tempo para não ser

quando estiver longe ninguém se lembrará.

no final, o lugar onde nada nasce consegue ser mais acolhedor. triste, mas meu. só, mas quente. pelo meio das penas dos corvos que colhi, encontro-me a dormir a sesta de quinze minutos enquanto os sonhos lúcidos caminham até ao lixo, olhos revirados, não queria estar aqui.

vomitei mil palavras sem ar, é assim que acontece no mundo de fora, porque tenho as veias entrelaçadas. tocar o horizonte nos meus dedos para não sentir a demolição cá dentro sempre que a porta abre e pinta um quadro turvo. se acordasses da minha sesta de quinze minutos e viesses brincar. se quisesse eu acordar e vir brincar. o relógio é a ironia na minha língua, rastejando pelos desertos das paredes, e quando o sol queima deita correntes de aço na minha mente. e vou derretendo lentamente, transbordo de sombras e pedaços vazios de poemas que ninguém se lembra de ter escrito.

construí uma floresta de vultos.

e tenho o coração pintado de azul porque até o resto da tinta deve ter faltado.

pretty silence